Fácil observar-se que a mediunidade, embora una em sua essência (faculdade que permite ao homem encarnado entrar em relação com os espíritos), não o é quanto a sua natureza, ou razão de ser; variando de indivíduo para indivíduo.
Assim, destacamos:
- MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL - Edgard Armond a define: “À medida que evolui e se moraliza, o indivíduo adquire faculdade psíquica e aumenta conseqüentemente sua percepção espiritual. A isso denominamos mediunidade natural. ”.
MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO - Faculdade oferecida ao indivíduo, em caráter precário, como uma tarefa a desenvolver, quando encarnado, com vistas à sua melhoria espiritual e a de seus semelhantes.
Preparado no plano espiritual, o médium, ao reencarnar tem, no exercício mediúnico, abençoada oportunidade de trabalho.
- MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO - Há determinadas pessoas compromissadas grandemente em virtude do mau uso de seu livre-arbítrio anterior (em passadas existências), a sensibilidade psíquica aguçada é imposta ao médium como oportunidade para ressarcimento de seus atos menos felizes do pretérito com vistas à sua libertação futura.
Esta mediunidade se manifesta à revelia da criatura e comumente lhe causa sofrimentos aos quais não se pode furtar.
A sua forma de manifestação mais comum é a obsessão que pode atingir até o estagio de subjugação.
MÉDIUNS MISSIONÁRIOS - Convém lembrar que, além dos aspectos acima referidos, excepcionalmente podemos encontrar médiuns que são verdadeiramente missionários do plano espiritual, entre os homens, os quais, pelos seus elevados dotes morais e espirituais, se tornam, a título de testemunho, em instrumentos da vontade Divina, em favor da humanidade.
Mecanismos das Comunicações:
INTRODUÇÃO:
“A mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos”.
“Em mediunidade não podemos olvidar o problema da sintonia”.
“No socorro espiritual, os benfeitores e amigos das esferas superiores, tanto quanto os companheiros encarnados, quais o diretor da reunião e seus assessores que manejam o verbo educativo, funcionam lembrando autoridades competentes no trabalho curativo, mas o médium é o enfermo convidado a controlar o doente, quanto lhe seja possível, impedindo, a este último, manifestações tumultuárias e palavras obscenas”.(3)
PROCESSO MENTAL:
Para que um Espírito se comunique é mister se estabeleça a sintonia da mente encarnada com a desencarnada.
Esse mecanismo das comunicações espíritas, mecanismo básico que se desdobra, todavia, em nuanças infinitas, de acordo com o tipo de mediunidade, estado psíquico dos agentes - ativo e passivo - valores espirituais, etc.
Sintonizando o comunicante com o medianeiro, o pensamento do primeiro se exterioriza através do campo físico do segundo, em forma de mensagem grafada ou audível.
Na incorporação (psicofonia), o médium cede o corpo ao comunicante, mas, de acordo com os seus próprios recursos, pode comandar a comunicação, fiscalizando os pensamentos, disciplinando os gestos e controlando o vocabulário do Espírito.
O pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro perispiritual, resultando disso a propriedade que tem o medianeiro, em tese, de fazer ou não fazer o que entidade pretende.
03.6.3 - SINTONIA (VIBRAÇÕES COMPENSADAS):
Sintonia significa, em definição mais ampla, entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência.
Sintonia é, portanto, um fenômeno de harmonia psíquica, funcionando naturalmente, a base de vibrações.
Duas pessoas sintonizadas estarão, evidentemente, com as mentes perfeitamente entrosadas, havendo, entre elas, uma ponte magnética a vinculá-las, imantando-as profundamente.
Fonte: www.espirito.org.br/portal/cursos/curso-basico-mediunidade-00.html
Eis aqui as respostas que nos deram os Espíritos às perguntas que lhes dirigimos sobre este assunto no Livro dos Médiuns:
1ª) Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de médiuns?
"Não há que duvidar."
2ª) Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência estranha.
"É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxilio. Se magnetizas com o propósito de curar, por exemplo, e invocas um bom Espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias."
3ª) Há, entretanto, bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos?
"Pensas então que os Espíritos só atuam nos que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso, do mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más intenções, chama os maus."
4ª) Agiria com maior eficácia aquele que, tendo a força magnética, acreditasse na intervenção dos Espíritos? "
"Faria coisas que consideraríeis milagre."
5ª) Há pessoas que verdadeiramente possuem o dom de curar pelo simples contacto, sem o emprego dos passes magnéticos?
"Certamente; não tens disso múltiplos exemplos?"
6ª) Nesse caso, há também ação magnética, ou apenas influência dos Espíritos?
"Uma e outra coisa. Essas pessoas são verdadeiros médiuns, pois que atuam sob a influência dos Espíritos; isso, porém, não quer dizer que sejam quais médiuns curadores, conforme o entendes."
7ª) Pode transmitir-se esse poder?
"O poder, não; mas o conhecimento de que necessita, para exercê-lo, quem o possua. Não falta quem não suspeite sequer de que tem esse poder, se não acreditar que lhe foi transmitido."
8ª) Podem obter-se curas unicamente por meio da prece?
"Sim, desde que Deus o permita; pode dar-se, no entanto, que o bem do doente esteja em sofrer por mais tempo e então julgais que a vossa prece não foi ouvida."
9ª) Haverá para isso algumas fórmulas de prece mais eficazes do que outras?
"Somente a superstição pode emprestar virtudes quaisquer a certas palavras e somente Espíritos ignorantes, ou mentirosos podem alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto, acontecer que, em se tratando de pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de determinada fórmula contribua para lhes infundir confiança. Neste caso, porém, não é na fórmula que está a eficácia, mas na fé, que aumenta por efeito da idéia ligada ao uso da fórmula."
03.6.4 - Bibliografia:
(1) “O Livro dos Médiuns” - FEB - 29ª edição - Rio de Janeiro
(2) “Os Mensageiros” - FEB - 4ª edição - Rio de Janeiro.
(3) “Nos Domínios da Mediunidade” - FEB - 2ª edição - Rio de Janeiro.
(4) “Mediunidade” - LAKE - 9ª edição - São Paulo.
(5) “Estudando a Mediunidade” - FEB - 4ª edição - Rio de Janeiro.
(6) “Desobsessão” - FEB - 1ª edição - Rio de Janeiro.
(7) “Conduta Espírita” - FEB - 1ª edição - Rio de Janeiro.
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